Brasil planeja investir R$ 7 bilhões para interligar sua rede elétrica à Bolívia, melhorando infraestrutura no Mato Grosso do Sul e expandindo parceria energética.

O governo brasileiro está se preparando para um importante avanço na integração energética com a Bolívia, com a proposta de um projeto que prevê a aplicação de aproximadamente R$ 7 bilhões. O objetivo central é conectar a rede elétrica nacional à Bolívia, utilizando como ponto de ligação o estado de Mato Grosso do Sul, onde já foi finalizado um estudo de viabilidade aprofundado.

O relatório, recentemente divulgado, destaca a necessidade de melhorias significativas na infraestrutura elétrica do Mato Grosso do Sul, prevendo um investimento inicial de R$ 4,2 bilhões. Esses recursos serão direcionados para a modernização da rede elétrica, incluindo a aquisição de transformadores de maior capacidade e a construção de novas linhas de transmissão. O estado, que já conta com fontes de energia como usinas solares e de biomassa, está enfrentando uma situação crítica, com a rede operando no limite de sua capacidade. Sem esses investimentos, a viabilidade do projeto de conexão fica comprometida.

Além dos 4,2 bilhões destinados à infraestrutura local, uma parte significativa do investimento, cerca de R$ 2,7 bilhões, será utilizada na implementação da conexão internacional com a Bolívia. Isso envolve a construção de uma estação em Corumbá, uma cidade situada na fronteira com o país vizinho. Essa estação terá a função de converter a energia de corrente alternada, utilizada no Brasil, em corrente contínua, que é a forma adequada para a transmissão de longas distâncias. Com uma capacidade de 420 megawatts, a nova unidade tem o potencial de abastecer cerca de dois milhões de pessoas.

Para dar andamento a esse projeto ambicioso, o Ministério de Minas e Energia (MME) afirmou que será necessário estabelecer um tratado internacional entre os governos do Brasil e da Bolívia. Atualmente, o Sistema Interligado Nacional, que já inclui conexões com Argentina, Paraguai, Uruguai e até mesmo a Venezuela, pode se expandir ainda mais, consolidando a integração energética regional e promovendo um maior intercâmbio de recursos entre os países da América do Sul.

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