Brasil, o país do desastre permanente: brasileiros preferem ladrões na política e ignoram a relação com a corrupção do cotidiano.

O Brasil está caindo cada vez mais no ranking dos países menos corruptos do mundo, de acordo com a Transparência Internacional. Em 2012, ocupávamos a 69ª posição, mas atualmente estamos na vergonhosa 107ª colocação. Esse declínio é reflexo do descaso e da aceitação da corrupção por parte dos brasileiros.

O povo brasileiro parece ter uma certa admiração por ladrões, seja na política ou no crime comum. E essa conexão entre os dois tipos de ladrões não parece ser feita pela maioria da população. Muitos chegam a idolatrar figuras políticas corruptas, desejando alcançar o mesmo status de riqueza ilícita.

Durante a operação Lava Jato, houve uma breve interrupção no ciclo de corrupção, com a prisão de empresários e políticos corruptos. No entanto, o enfraquecimento da operação e a revogação de várias condenações contribuíram para o retorno da impunidade e da normalização da corrupção no país.

O livro “Retrato do Brasil” de Paulo Prado descreve a essência da cobiça e da corrupção na história do país, revelando como esses aspectos têm raízes profundas na sociedade brasileira. E, infelizmente, a realidade atual muitas vezes se assemelha ao retrato feito por Paulo Mendes Campos em 1961, mostrando o brasileiro como uma figura miserável e oprimida pelos parasitas da corrupção.

É urgente uma mudança de mentalidade e de valores na sociedade brasileira, para que a corrupção deixe de ser tolerada e passe a ser combatida de forma efetiva. Enquanto houver aceitação e até mesmo admiração por atos de corrupção, o país continuará afundando na lama da impunidade e da desigualdade. É essencial que a população exija transparência e honestidade de seus governantes, para que o Brasil possa um dia figurar entre os países menos corruptos do mundo.

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