Esse movimento de valorização do Brasil no mercado global é impulsionado principalmente pela alta qualidade da mão de obra local, que é bem treinada e possui competências tecnológicas avançadas, além da proximidade cultural e geográfica com mercados-chave, como os Estados Unidos e a Europa. Esses fatores tornam o país uma alternativa atraente à Índia, tradicionalmente reconhecida por seu forte setor de TI.
Grandes empresas internacionais, como a japonesa NTT DATA e a indiana Marlabs, têm investido na compra de empresas brasileiras para expandir suas operações. Além disso, a instabilidade gerada pela pandemia de COVID-19 e o conflito na Ucrânia têm levado as multinacionais a reconsiderar suas estratégias de localização de serviços, favorecendo o Brasil por sua estabilidade política e econômica.
A boutique de fusões e aquisições IGC Partners tem desempenhado um papel fundamental nesse processo, intermedindo significativas transações no setor, com 17 operações realizadas e movimentação de R$ 4,48 bilhões nos últimos quatro anos. Até o início de 2024, a IGC pretende concluir pelo menos mais duas transações com investidores estrangeiros, ampliando ainda mais a presença internacional de empresas brasileiras no setor de tecnologia.
Com o crescente interesse em soluções tecnológicas inovadoras, especialmente em setores como o bancário, empresas que antes estavam fora do radar dos investidores estão agora despertando grande interesse. A modernização exigida no setor bancário, exemplificada pela aquisição da Zup pelo Itaú, e as investidas de companhias como Boticário, Ambev e Alpargatas em aquisições estratégicas, estão contribuindo para o aquecimento desse mercado promissor, colocando o Brasil em um novo patamar no cenário mundial da tecnologia.
