Brasil nomeia embaixador Mauricio Lyrio como novo sherpa no BRICS e se prepara para a presidência do grupo em 2025 no Rio de Janeiro.

O governo brasileiro anunciou, nesta quarta-feira, a nomeação do embaixador Mauricio Carvalho Lyrio como o novo “sherpa” do país no BRICS, um grupo que inclui grandes economias emergentes como Rússia, Índia, China e África do Sul. Lyrio, que é o secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores, tomará a liderança das negociações e da organização da agenda de reuniões do grupo durante o ano de 2025. Ele assume essa função em substituição ao embaixador Eduardo Paes Saboia, que anteriormente desempenhava o papel.

A decisão de designar Lyrio para essa posição vem em um momento crucial, já que o Brasil começou a desempenhar sua presidência rotativa no BRICS no dia 1º de janeiro deste ano. O embaixador será responsável por coordenar uma série de reuniões técnicas e encontros ministeriais que estão programados para acontecer ao longo do ano, culminando na 17ª cúpula de líderes do bloco, prevista para ocorrer no Rio de Janeiro. Essa cúpula será significativa, pois será a primeira vez que países parceiros, uma nova categoria de afiliação criada na última cúpula do grupo, participarão do evento.

Com a recente adesão da Indonésia ao bloco, o BRICS agora conta com 11 membros plenos, incluindo, além do Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Irã e, mais recentemente, a própria Indonésia. Além desses, existem outros oito países na categoria de parceiros, como Belarus e Bolívia. A Indonésia, convidada durante a cúpula de Joanesburgo em 2023, oficializou sua entrada no grupo em 6 de janeiro deste ano.

A nomeação de Lyrio está sendo recebida com expectativa, pois sua experiência anterior, como líder da delegação brasileira no G20 em 2024, certamente traz um conhecimento valioso para suas novas responsabilidades no BRICS. O embaixador deverá trabalhar para fortalecer as relações e promover a integração econômica entre os membros do grupo, buscando destacar a importância do bloco em um cenário mundial cada vez mais multipolar.