Segundo a pesquisadora Karen Friedrich, da Fiocruz, cerca de 70% dos agrotóxicos utilizados no país são considerados cancerígenos. Além disso, o consumo prolongado dessas substâncias pode acarretar em problemas reprodutivos, desequilíbrios hormonais e até mesmo má formação em bebês.
Karen ressalta que os agrotóxicos foram originalmente desenvolvidos como armas químicas, e após o término da Segunda Guerra Mundial, a indústria química viu na agricultura uma oportunidade de utilizar esses produtos que haviam perdido mercado.
A gestão atual do presidente Lula, do PT, tem enfrentado obstáculos para intervir na continuidade do uso desses produtos. O Ministério da Agricultura e o lobby do agronegócio têm dificultado programas de redução do uso desses “venenos”, como o Programa Nacional de Redução (Pronara), adiando constantemente as discussões necessárias.
Essa situação coloca em alerta a saúde da população brasileira e o meio ambiente, já que os impactos negativos do uso indiscriminado de agrotóxicos vão além das consequências imediatas. Medidas urgentes precisam ser tomadas para garantir a segurança alimentar e a preservação da saúde de todos os cidadãos. A pressão da sociedade civil e a conscientização sobre os riscos associados aos agrotóxicos são fundamentais para promover mudanças significativas nesse cenário preocupante.