Brasil lidera consumo de agrotóxicos no mundo, com novas liberações preocupantes em 2019, alerta pesquisadora da FioCruz



O Brasil se destaca, infelizmente, como o maior consumidor de agrotóxicos do mundo desde 2008. Em um cenário agravado a partir de 2019, observamos uma liberação massiva de novos produtos e a flexibilização das normas relacionadas ao uso dessas substâncias nos alimentos.

Segundo a pesquisadora Karen Friedrich, da Fiocruz, cerca de 70% dos agrotóxicos utilizados no país são considerados cancerígenos. Além disso, o consumo prolongado dessas substâncias pode acarretar em problemas reprodutivos, desequilíbrios hormonais e até mesmo má formação em bebês.

Karen ressalta que os agrotóxicos foram originalmente desenvolvidos como armas químicas, e após o término da Segunda Guerra Mundial, a indústria química viu na agricultura uma oportunidade de utilizar esses produtos que haviam perdido mercado.

A gestão atual do presidente Lula, do PT, tem enfrentado obstáculos para intervir na continuidade do uso desses produtos. O Ministério da Agricultura e o lobby do agronegócio têm dificultado programas de redução do uso desses “venenos”, como o Programa Nacional de Redução (Pronara), adiando constantemente as discussões necessárias.

Essa situação coloca em alerta a saúde da população brasileira e o meio ambiente, já que os impactos negativos do uso indiscriminado de agrotóxicos vão além das consequências imediatas. Medidas urgentes precisam ser tomadas para garantir a segurança alimentar e a preservação da saúde de todos os cidadãos. A pressão da sociedade civil e a conscientização sobre os riscos associados aos agrotóxicos são fundamentais para promover mudanças significativas nesse cenário preocupante.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo