Lançamento das Canetas de Liraglutida: Alternativa Nacional Chega às Farmácias
Na última segunda-feira, o mercado farmacêutico brasileiro recebeu uma novidade que promete revolucionar o tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2. A EMS, uma das principais indústrias farmacêuticas do país, iniciou a venda das primeiras canetas de liraglutida, uma alternativa nacional ao amplamente conhecido Ozempic. Essa inovação não só traz esperança para pacientes, mas também representa um grande avanço na autossuficiência do Brasil em medicamentos.
O investimento da EMS foi robusto, superando a marca de R$ 1 bilhão, e teve como foco a construção de uma moderna fábrica de peptídeos localizada em Hortolândia, São Paulo, que foi inaugurada em 2024. A nova linha de produtos inclui duas versões: Olire, que visa auxiliar no controle do peso, e Lirux, destinada ao tratamento do diabetes. Ambas as canetas são baseadas em análogos do GLP-1, substâncias que têm mostrado eficácia em controlar o apetite e a glicemia, facilitando assim o manejo desses problemas de saúde.
A distribuição inicial foi planejada para abranger 150 mil canetas nos renomados redes de farmácias, como Drogasil, Raia, Drogaria São Paulo e Pacheco, com disponibilidade tanto em lojas físicas quanto em plataformas online, especialmente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. A EMS tem planos de expansão, prevendo aumentar sua presença em outras regiões do país nas próximas semanas.
Os preços são competitivos, com as canetas sendo vendidas por:
- R$ 307,26 para uma caneta única
- R$ 507,07 para o Lirux, que contem duas canetas
- R$ 760,61 para o Olire, que vem com três canetas
Com um objetivo ambicioso, a EMS estima alcançar 250 mil unidades disponíveis no mercado até o final de 2025 e, para 2026, esse número deve dobrar. A movimentação no setor não para por aí, uma vez que a Hypera Pharma também está se preparando para lançar seu próprio medicamento à base de semaglutida, composto ativo do Ozempic, assim que a sua patente expirar em março de 2026.
Esse cenário representa uma disputa acirrada por uma fatia do mercado de tratamentos que rapidamente se consolidam como referências no controle de peso e na regulação da glicemia. O surgimento de alternativas nacionais não apenas proporciona maior acesso aos pacientes, mas também firma o Brasil como um protagonista na produção de medicamentos vitais.