A nova data comemorativa foi instituída com o objetivo de honrar a memória das vítimas do Holocausto e estimular reflexões sobre as lições que a humanidade pode aprender com os trágicos eventos da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A escolha do dia 16 de abril, em particular, está vinculada ao falecimento do diplomata brasileiro Luiz Martins de Souza Dantas, uma figura essencial na história do resgate de pessoas ameaçadas pelo regime nazista.
Luiz Martins de Souza Dantas, nascido no Rio de Janeiro em 1876 e falecido em Paris, França, em 1954, exerceu um papel crucial durante a Segunda Guerra Mundial. De acordo com o Museu do Holocausto em Curitiba, Dantas conseguiu conceder centenas de vistos a refugiados judeus, mesmo enfrentando orientações oficiais contrárias a essas ações humanitárias. A data de sua morte, 16 de abril, foi escolhida para a nova celebração como forma de reconhecer sua coragem e humanidade em tempos de adversidade extrema.
Além do recém-criado Dia Nacional da Lembrança do Holocausto, o massacre dos cerca de seis milhões de judeus pelo regime nazista também é lembrado em outra data significativa: o Dia do Holocausto e do Heroísmo, conhecido como Yom Hashoá VehaGvurá, que é celebrado todos os anos em 27 de abril. Esta data não apenas homenageia as vítimas do Holocausto, mas também ressalta os feitos heroicos daqueles que resistiram à perseguição nazista.
Com a sanção da nova lei, o Brasil se une a diversos países que já adotaram datas específicas para lembrar e refletir sobre o Holocausto, realçando a importância de manter viva a memória dessas atrocidades para que a história não se repita. A iniciativa também reforça o compromisso do país com a educação e a conscientização sobre os horrores do passado, promovendo uma cultura de paz e tolerância.