Brasil faz história com bronze inédito na ginástica artística por equipes em Paris-2024



Histórico! Ginástica Artística Brasileira Conquista Medalha de Bronze por Equipes em Paris-2024

Em uma jornada emocionante e cheia de reviravoltas, a equipe feminina de ginástica artística do Brasil conquistou, nesta terça-feira, a medalha de bronze na final por equipes dos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Esta medalha representa um marco inédito e significativo para o país no segmento de equipes da modalidade, estendendo o legado começado com medalhas individuais, como o ouro de Arthur Zanetti nas argolas em Londres-2012 e a vitória de Rebeca Andrade no salto em Tóquio-2020. Este novo feito coloca o Brasil em um seleto grupo de potências da ginástica artística, ao lado de países como Estados Unidos, China, Rússia, Romênia e Grã-Bretanha.

Os Estados Unidos garantiram o ouro com uma pontuação de 171.296, seguidos pela Itália com 165.494. As americanas reconquistaram a medalha que havia ficado com as russas em Tóquio-2020. O Brasil somou 164.497 pontos, uma performance que inicialmente parecia não colocá-las entre os medalhistas, especialmente após começar em aparelhos nos quais o desempenho da equipe é tradicionalmente mais fraco.

A "virada" memorável veio no salto, o último aparelho a ser disputado. Rebeca Andrade, especialista no salto, foi crucial com uma nota impressionante de 15.100. Naquele momento, o time estava em sexto lugar e precisava superar uma diferença de mais de dois pontos para voltar à disputa por medalhas. A tensão era palpável enquanto as brasileiras aguardavam os resultados das performances britânicas para saber se haviam garantido um lugar no pódio. Alice Kinsella, última atleta da Grã-Bretanha, precisava de uma nota 13.834 na trave para ultrapassar o Brasil; ela conseguiu apenas 13.600, insuficiente para roubar o bronze do quarteto brasileiro.

Na fase classificatória, o Brasil havia terminado em quarto lugar, atrás de Estados Unidos, Itália e China. A equipe iniciou a rotação final nas barras paralelas, o aparelho onde haviam pior desempenho. Desde o início, a competição foi acidentada: Flávia Saraiva caiu durante o aquecimento e se machucou, precisando de um curativo, mas retornou à disputa com bravura. Lorrane Oliveira abriu a sequência nas paralelas com 13.000 pontos, seguida por Flávia que marcou 13.666 e Rebeca encerrando com 14.533, posicionando o Brasil em quinto lugar.

A trave apresentou novos desafios: Júlia Soares, que havia brilhado na fase classificatória, caiu, resultando em uma nota de 12.400. Flávia, apesar de um desequilíbrio, conseguiu terminar sua série e pontuou 13.433. Rebeca, mesmo com um desequilíbrio, recebeu uma nota de 14.133. O Brasil acabou esta fase em sexto lugar, mas não foi o único a ter dificuldades; estrelas de outras potências também cometeram erros.

O solo, um aparelho forte para a equipe, trouxe notas sólidas e ajudou a subir na classificação: Júlia conquistou 13.233, Flávia 13.533 e Rebeca 14.200. No último aparelho, o salto, a experiência de Jade Barbosa e o talento de Flávia e Rebeca foram decisivos. Jade, Flávia e Rebeca conquistaram notas que garantiram ao Brasil a medalha de bronze.

Este resultado histórico não apenas aumenta a contagem de medalhas do Brasil, mas também solidifica sua posição como uma força emergente na ginástica artística mundial. Ainda há mais competições pela frente, com Rebeca Andrade e Flávia Saraiva já qualificadas para a final do individual geral, programada para 1.º de agosto, e as finais por aparelho iniciando em 3 de agosto.

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