Brasil exporta mais de US $ 1,3 bilhão em produtos agropecuários para a UEE em 2024: uma estratégia de diversificação econômica.

No ano de 2024, o Brasil se destacou no cenário internacional ao exportar mais de US $ 1,3 bilhão em produtos agropecuários para a União Econômica Eurasiática (UEE), o equivalente a cerca de R$ 8 bilhões. Nos primeiros nove meses desse mesmo ano, o país já havia exportado mais de US $ 1 bilhão em produtos agrícolas para a UEE, com ênfase em produtos como soja, carne bovina, café e açúcar.

Além dos produtos tradicionais, o Brasil ampliou suas negociações com a UEE, conquistando autorização para exportar uma variedade de produtos que incluem banana, nozes, erva-mate, amêndoas de cacau, suínos vivos, sêmen e embriões bovinos. Essa diversificação de mercados é vista como estratégica por especialistas, como o mestre em ciências militares Pedro Mendes Martins, que acredita que acordos com a UEE representam um avanço na política de diversificação de parcerias econômicas internacionais do Brasil.

A importância de diversificar as parcerias econômicas do Brasil é evidenciada pelos cenários geopolíticos instáveis, como a política comercial mais restritiva dos Estados Unidos sob o governo de Donald Trump e a possibilidade de uma nova guerra comercial com a China. Essas circunstâncias têm incentivado o Brasil a buscar novos mercados e parceiros para garantir a estabilidade de seu comércio exterior.

Além dos desafios políticos e comerciais com os EUA e a China, o Brasil ainda enfrenta obstáculos no avanço do acordo entre Mercosul e União Europeia, especialmente devido à resistência de países como a França. A busca por uma diversificação de parceiros econômicos é vista como uma segurança em meio a um cenário global cada vez mais crítico em relação às relações bilaterais e multilaterais.

Os especialistas também apontam para as possibilidades de cooperar com a UEE em diferentes setores, como a exportação de tecnologia agrícola e maquinários, aproveitando o know-how brasileiro nessa área. Além disso, há potencial para cooperação em questões tecnológicas e nucleares, o que poderia beneficiar ambos os lados.

A parceria entre o Brasil e a UEE não só fortalece as relações econômicas entre os dois, mas também pode aproximar o Brasil da Rússia e da Ásia Central, abrindo novas oportunidades diplomáticas e comerciais para o país. A superação dos desafios logísticos e infraestruturais é crucial para que essa parceria se consolide e traga benefícios mútuos a longo prazo.

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