Brasil envolve Alcântara em novo polo espacial no Rio Grande do Norte após sucesso de lançamentos com forte demanda global.



Recentemente, o Brasil tem dado grandes passos em direção ao fortalecimento do seu Programa Espacial, impulsionado pelo sucesso da Base de Alcântara, no Maranhão. Desde 2022, a base se tornou um importante centro para lançamentos espaciais em colaboração com a iniciativa privada. Até o fim de 2024, 85% da capacidade da base estará ocupada, refletindo a crescente demanda do mercado internacional por lançamentos. A Força Aérea Brasileira (FAB) intensificou suas atividades em outra instalação, a Barreira do Inferno, localizada em Parnamirim, Rio Grande do Norte.

Nesta sexta-feira, dia 29 de novembro, a FAB lançou pela primeira vez o foguete suborbital VS-30-V15, que incorpora tecnologia nacional desenvolvida pelo Instituto Aeronáutico do Espaço. A operação, parte da “Operação Potiguar”, visa atender à necessidade crescente de experimentação e lançamentos suborbitais, que são essenciais para a validação e desenvolvimento de novas tecnologias. O coronel aviador Christiano Pereira Haag, responsável pela operação, salientou que esses tipos de lançamentos permitem a realização de experimentos em condições de microgravidade, essenciais para inovações em diversas áreas, desde a indústria farmacêutica até a metalurgia.

O histórico do programa espacial brasileiro remonta a 1961, quando o então presidente Jânio Quadros estabeleceu a Comissão Nacional de Atividades Espaciais. Desde então, o Brasil se destaca principalmente no lançamento de satélites. Nos últimos anos, o país enfrentou desafios orçamentários que restringiram seu potencial, mas a nova onda de investimentos, que começou em 2022, promete reverter esse quadro. O orçamento para o Programa Espacial Brasileiro varia entre R$ 1,2 bilhão e R$ 13,2 bilhões até 2031, refletindo a importância estratégica atribuída a essa área pelo governo.

Além disso, o projeto espacial contempla parcerias internacionais com países como China e Argentina. Um exemplo significativo é o desenvolvimento do satélite CBERS-6, cujos componentes serão fabricados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). A previsão é que o lançamento deste satélite ocorra em 2028, representando um passo importante na autonomia e capacidade do Brasil no contexto espacial.

Com a expansão da infraestrutura espacial no Brasil e a meta de ampliar a capacidade de lançamentos, o país busca não apenas se estabelecer como um protagonista na América Latina, mas também contribuir ativamente para o avanço da tecnologia espacial global.

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