Brasil envia ajuda humanitária à Faixa de Gaza em resposta a crise alimentar e desnutrição, destaca Janja em discurso após Fórum Mundial da Alimentação.

A primeira-dama brasileira, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, anunciou uma importante ação humanitária em resposta à crise que aflige a Faixa de Gaza. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou o envio de alimentos, medicamentos e itens essenciais para apoiar a população palestina, uma medida que foi divulgada durante o encerramento do Fórum Mundial da Alimentação realizado na sede da FAO, em Roma, na Itália, na última sexta-feira.

A intervenção de Janja foi marcada por um apelo à urgência da situação vivida por milhões de palestinos, que, após o retorno às ruínas de suas casas, enfrentam um cenário desolador. “Essas pessoas não precisam apenas de solidariedade; elas precisam de apoio material e político para garantir que o cessar-fogo seja respeitado”, destacou a primeira-dama. Ela sublinhou que a grave crise de fome e desnutrição no território foi intensificada por uma combinação de fatores, incluindo mudanças climáticas, conflitos armados e deslocamentos forçados que têm afetado as comunidades vulneráveis.

Durante seu discurso, Janja também criticou os países mais ricos que falham em honrar suas promessas de contribuição a fundos humanitários, apontando que essa falta de ação agrava a crise alimentar global. “A Palestina e o Sudão são exemplos claros do uso da fome como uma arma de opressão e exploração”, afirmou, refletindo sobre as complexidades políticas que cercam o problema.

A ajuda humanitária começou a ser encaminhada à Faixa de Gaza, coincidentemente no momento em que o cessar-fogo entrou em seu segundo dia. De acordo com informações da Coordenação de Atividades Governamentais nos Territórios (COGAT), que opera sob as diretrizes de Israel, caminhões carregados com suprimentos essenciais, incluindo alimentos e medicamentos, já foram vistos cruzando a fronteira para Gaza. No entanto, a escala e a abrangência deste envio ainda não foram completamente detalhadas, deixando um espaço considerável para que a comunidade internacional continue a monitorar a situação e a necessidade de assistência na região.

Esta ação reflete não apenas um gesto humanitário, mas também uma posição política clara em meio a uma crise que exige uma resposta global coordenada e urgente.

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