A permanência dos seis asilados na embaixada argentina em Caracas permite a Maduro intimidar constantemente a oposição, principalmente a ala liderada por María Corina. Há a sensação em Caracas de que os planos de Maduro para os asilados envolvem a possibilidade de prisão, em vez de liberdade no exterior.
O governo argentino, que rompeu relações com Caracas após as eleições presidenciais, tentou obter um salvo conduto para os asilados em sua residência diplomática. Enquanto isso, o governo brasileiro ofereceu enviar um avião da Força Aérea Brasileira para trasladar os asilados até Buenos Aires. No entanto, a escolha de um novo país para custodiar a embaixada argentina deve ser negociada entre argentinos e venezuelanos, sem participação direta do Brasil.
Os colaboradores de María Corina são acusados de violar as normas da Convenção de Viena e de participar de supostas conspirações militares contra Maduro, sem apresentação de provas. A tensão aumenta a cada dia, com o controle sobre os asilados sendo visto como uma forma de exercer poder sobre María Corina.
No cenário internacional, existe a preocupação com a possibilidade de invasão da embaixada argentina por agentes chavistas, o que seria uma violação grave da Convenção de Viena. As relações bilaterais entre Brasil e Venezuela estão estremecidas, e a situação dos asilados pode ser vista como um “troco” de Maduro a Lula por declarações recentes do presidente brasileiro sobre as eleições venezuelanas.
A oposição convocou uma manifestação em frente à embaixada do Brasil para pedir ajuda na libertação de presos políticos. Enquanto isso, a incerteza persiste sobre o destino dos seis asilados e a pressão sobre a oposição venezuelana continua.