De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 1996, 985 brasileiros morreram devido a algum grau de demência ou Alzheimer. Em contraste, no ano passado, o número subiu para 34.279 pessoas, representando um aumento de 3.380% nas últimas décadas. Essa tendência de crescimento alarmante é preocupante e exige atenção por parte do Brasil.
O córtex cerebral, região responsável pela personalidade e pelas memórias de uma pessoa, é uma das áreas mais afetadas pelas doenças demenciais. A acumulação de proteínas tóxicas, como a beta-amiloide, atrapalha as transmissões nervosas e leva a um colapso progressivo das funções cerebrais.
Além do envelhecimento populacional, fatores como o sedentarismo, a falta de incentivo à escolarização e a carência de apoio para familiares e cuidadores contribuem para o aumento dos casos e mortes por demência no país. A falta de preparo da sociedade brasileira para lidar com o envelhecimento e a falta de medidas preventivas eficazes são questões urgentes que precisam ser enfrentadas.
A história de pessoas como Zélia de Avelino, Norma Araújo e Daniel Rosa München ilustra de forma comovente os desafios enfrentados por pacientes e seus familiares diante do diagnóstico de demência. A luta continua contra uma doença que não apenas afeta indivíduos, mas toda a sociedade, demandando cada vez mais atenção e cuidado. O caminho para um futuro mais digno para aqueles afetados pela demência passa pela conscientização, pela solidariedade e pelo compromisso de proporcionar suporte e proteção a quem mais precisa.