De acordo com Berdyev, a posição do banco foi solidificada durante os encontros, embora ainda seja precoce afirmar se essa participação resultará em projetos concretos. O embaixador também abordou a possível reação dos países ocidentais a essa estratégia brasileira. Ele comentou que é provável que tais nações não vejam a iniciativa com bons olhos, mas, até o momento, não houve um posicionamento público contrário. A decisão do Brasil de ampliar o espaço do NBD no G20 é vista como uma continuidade do compromisso do país com a multipolaridade e um sinal de que as economias emergentes estão ganhando espaço nas discussões globais sobre desenvolvimento econômico e cooperação financeira.
Além disso, Berdyev mencionou que diversos países membros da Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (APEC) demonstraram interesse em acordos que permitam transações em moedas nacionais, o que pode abrir novos horizontes para colaboração entre nações fora do domínio das principais moedas globais. O embaixador expressou otimismo em relação à elaboração da declaração final do G20, embora reconheça que o processo de negociação é desafiador. Com essas movimentações, o Brasil e o NBD dos BRICS estão não apenas reforçando seu papel no cenário internacional, mas também contribuindo para uma nova dinâmica na governança global que valoriza a inclusão e a diversidade de participantes nas discussões de grandes questões econômicas.