O levantamento classifica a violência no Brasil como “extrema”, o que implica em um estado de insegurança comparável ao de países que enfrentam guerras civis e insurgências armadas. Esta paradoxalidade é notável, já que não há um conflito declarado, mas a realidade nas ruas aponta para um cenário de crise contínua. Este fenômeno contrasta com a ideia de que a violência é resultado de guerras, mostrando que, no Brasil, a complexidade de fatores internos contribui para um ambiente de alta letalidade.
Entre os elementos que impulsionam essa classificação estão a fragmentação de grupos armados e as disputas territoriais que envolvem facções criminosas. A entrada e a expansão de milícias na dinâmica da segurança pública também têm um papel significativo, gerando um clima permanente de tensão e medo entre a população civil. O aumento da criminalidade e os altos índices de homicídios são reflexos diretos dessa luta pelo controle de territórios, que não apenas afetam a vida dos produtores de segurança, mas também a vida cotidiana dos cidadãos comuns.
Esses fatores somados resultam em uma atmosfera de vulnerabilidade constante, posicionando o Brasil entre os países mais perigosos do mundo. A situação exige uma análise crítica e urgente das políticas públicas de segurança, além de um maior investimento em estratégias que visem a pacificação e a proteção dos cidadãos, se o país deseja reverter essa realidade preocupante.










