Brasil e Argentina firmam acordo histórico para aumentar importações de gás natural argentino durante a Cúpula do G20, buscando reduzir custos e impulsionar indústrias.



Na última segunda-feira, 18 de novembro de 2024, durante a Cúpula dos Líderes do G20, Brasil e Argentina firmaram um acordo significativo para incrementar as importações de gás natural argentino, buscando não apenas suprir a demanda energética do Brasil, mas também reduzir os custos dos insumos essenciais para diversas indústrias. Este entendimento se baseia principalmente na exploração do gás proveniente do famoso gasoduto de Vaca Muerta, localizado na província de Neuquén, na Patagonia argentina.

O ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira, que esteve à frente das negociações, apresentou um cronograma ambicioso. Nos próximos meses, a previsão é de que o Brasil importe cerca de 2 milhões de metros cúbicos de gás natural a cada dia. Segundo Silveira, o objetivo é aumentar gradualmente essa cifra para 10 milhões nos próximos três anos e, eventualmente, alcançar 30 milhões até 2030. Essa estratégia promete fortalecer setores industriais críticos do Brasil, como o de fertilizantes, vidro, cerâmica e petroquímicos.

A criação de um grupo de trabalho bilateral é uma das iniciativas do acordo, que terá a missão de traçar diretrizes para facilitar a exportação do gás argentino. Essa equipe buscará otimizar o uso das infraestruturas já existentes entre os dois países, garantindo que o gás chegue ao Brasil de maneira ágil e econômica. O memorando de entendimento assinado entre as nações terá uma validade inicial de 18 meses, com a possibilidade de prorrogação. Ao final desse período, os resultados e progressos serão documentados em um relatório.

Entretanto, a técnica utilizada pela Argentina para a extração do gás, que possui implicações ambientais, gerou questionamentos. Silveira afirmou que, apesar dessas preocupações, as necessidades imediatas do Brasil precisam ser atendidas. Ele sinalizou que, caso o projeto se prove viável, haverá uma revisão das práticas adotadas.

Este acordo não só indica um passo significativo na política energética dos dois países, mas também reflete uma busca por maior cooperação regional em um contexto de desafios energéticos. A expectativa é que o aumento das importações de gás natural argentino contribua para o crescimento econômico do Brasil, gerando mais emprego e renda para a população.

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