Há uma década, o Brasil figurava em uma posição semelhante a países da União Europeia, porém, ao longo dos anos, perdeu 38 posições e agora está ao lado de nações como Argélia, Nepal, Tailândia e Turquia. O Índice de Percepção da Corrupção (IPC) é um indicador importante que reflete a percepção de acadêmicos, juristas, empresários e especialistas sobre a integridade do setor público em cada país analisado.
As notas do Brasil têm caído consistentemente, passando de 43 em 2012 para 34 em 2024. A Transparência Internacional apontou uma série de aspectos negativos no cenário brasileiro, incluindo o silêncio do presidente em relação à pauta anticorrupção, o descontrole das emendas parlamentares e a falta de transparência em determinados programas governamentais.
Países como Dinamarca, Finlândia e Cingapura lideram o ranking, enquanto o Sudão do Sul, a Somália e a Venezuela ocupam as últimas posições. No contexto latino-americano, o Uruguai, o Chile e a Costa Rica se destacam, enquanto o Brasil, com nota próxima à da Argentina, está em posição inferior a países como Peru, Equador e Bolívia.
Apesar da queda no ranking, a Controladoria-Geral da União (CGU) afirmou que a interpretação do movimento deve ser feita com cautela, considerando as limitações metodológicas dos índices baseados em percepção. A CGU destacou ainda que trabalha diariamente para identificar e corrigir riscos de corrupção em políticas públicas e outras ações do Estado.
Portanto, a situação do Brasil no índice de corrupção reflete um cenário preocupante de deterioração da percepção de integridade e transparência no setor público, exigindo medidas eficazes para combater esse problema estrutural.