Brasil despenca no ranking de corrupção e tem pior nota desde 2012, aponta Transparência Internacional em novo levantamento.



A classificação do Brasil no índice de corrupção elaborado pela Transparência Internacional despencou nos últimos anos, atingindo sua pior nota desde 2012. Em um ranking que contempla 180 países, o Brasil passou da 96ª posição em 2022 para a 107ª colocação em 2024, depois de um declínio contínuo nas últimas edições do índice.

Há uma década, o Brasil figurava em uma posição semelhante a países da União Europeia, porém, ao longo dos anos, perdeu 38 posições e agora está ao lado de nações como Argélia, Nepal, Tailândia e Turquia. O Índice de Percepção da Corrupção (IPC) é um indicador importante que reflete a percepção de acadêmicos, juristas, empresários e especialistas sobre a integridade do setor público em cada país analisado.

As notas do Brasil têm caído consistentemente, passando de 43 em 2012 para 34 em 2024. A Transparência Internacional apontou uma série de aspectos negativos no cenário brasileiro, incluindo o silêncio do presidente em relação à pauta anticorrupção, o descontrole das emendas parlamentares e a falta de transparência em determinados programas governamentais.

Países como Dinamarca, Finlândia e Cingapura lideram o ranking, enquanto o Sudão do Sul, a Somália e a Venezuela ocupam as últimas posições. No contexto latino-americano, o Uruguai, o Chile e a Costa Rica se destacam, enquanto o Brasil, com nota próxima à da Argentina, está em posição inferior a países como Peru, Equador e Bolívia.

Apesar da queda no ranking, a Controladoria-Geral da União (CGU) afirmou que a interpretação do movimento deve ser feita com cautela, considerando as limitações metodológicas dos índices baseados em percepção. A CGU destacou ainda que trabalha diariamente para identificar e corrigir riscos de corrupção em políticas públicas e outras ações do Estado.

Portanto, a situação do Brasil no índice de corrupção reflete um cenário preocupante de deterioração da percepção de integridade e transparência no setor público, exigindo medidas eficazes para combater esse problema estrutural.

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