Brasil desafia EUA: Proposta de moeda própria para Brics ameaça tensão com Trump

O Brasil assumiu a presidência do grupo dos Brics este ano com uma proposta que promete causar tensão com os Estados Unidos, que terão Donald Trump como presidente a partir do próximo dia 20. A proposta brasileira visa estabelecer uma moeda própria para as nações membros do bloco, em substituição ao dólar nas transações comerciais entre os países participantes.

A ideia é vista como uma forma de facilitar o comércio entre os membros do bloco, especialmente diante do cenário em que o dólar tem apresentado constantes altas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que a proposta não tem a intenção de substituir as moedas locais, mas sim de promover uma ordem multipolar no sistema financeiro internacional. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, ressaltou que a medida busca tornar o comércio entre os países mais eficiente e econômico.

No entanto, a proposta do Brasil tem enfrentado resistência por parte de Donald Trump, que ameaçou países do Brics com tarifas de 100% caso o bloco crie uma moeda própria. O presidente eleito dos Estados Unidos afirmou que não permitirá a substituição do dólar nas transações internacionais e ameaçou retirar o país de negociações com nações que apoiem a ideia.

Apesar das ameaças, o Brasil segue firme em sua intenção de lançar a moeda própria do Brics durante o mandato rotativo à frente do grupo. Além disso, o país pretende fortalecer o Brics como instituição e promover debates sobre a reforma da governança global, buscando incluir países considerados subdesenvolvidos em instâncias importantes como o Conselho de Segurança da ONU.

O Brics é composto atualmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, mas recentemente novos membros aderiram, como Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã. A presidência brasileira do grupo promete ser marcada por debates e negociações que podem redefinir as relações financeiras e comerciais entre as nações envolvidas.

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