O chanceler ressaltou a importância de um diálogo multilateral e a necessidade de garantir que os interesses de segurança de todas as nações sejam considerados nas negociações de um possível acordo. Essa abordagem visa promover um entendimento mais amplo e inclusivo, fundamental para a construção de uma paz duradoura na região. “Alinhamentos ideológicos não atendem aos interesses do nosso país”, disse Vieira, ao destacar que a política externa do Brasil deve se basear na diversificação das parcerias internacionais. Para ele, uma estratégia de política externa autônoma é imperativa, evitando relacionamentos preferenciais que possam comprometer a soberania nacional.
Além de sua fala sobre o conflito ucraniano, o chanceler também foi convocado a prestar esclarecimentos sobre a situação da dívida da Venezuela com o Brasil, que soma US$ 1,74 bilhão. O requerimento para esse interrogatório foi apresentado pelo deputado Gustavo Gayer. Vieira deverá detalhar as ações diplomáticas do Itamaraty para a recuperação de tais recursos, num momento em que as relações diplomáticas na América Latina são cada vez mais complexas.
Essas discussões evidenciam a busca do Brasil por um papel ativo e conciliador no cenário internacional, reforçando a necessidade de um compromisso com a paz e a segurança coletiva, ao mesmo tempo em que se posiciona contra a tendência de alinhamentos ideológicos que possam fragilizar suas relações internacionais.