No entanto, em 2018, o vírus do sarampo voltou a circular no Brasil, resultando em quase 10 mil infecções. Os baixos índices de cobertura vacinal com as duas doses da tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, contribuíram para a propagação da doença. Em 2019, os casos explodiram, chegando a cerca de 21 mil no ano, levando o Brasil a perder a certificação de eliminação da doença.
Desde 2022, não há mais novos diagnósticos autóctones no Brasil, sendo todos os registros de indivíduos que contraíram a doença no exterior. O país lançou o Plano de Ação para Interrupção do Sarampo em 2022, visando eliminar os surtos em andamento em quatro estados. Após 74 semanas sem novos casos, o Brasil obteve a elevação de status para “país pendente de reverificação” do sarampo.
Atualmente, o país recebeu a visita da Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação da Eliminação do Sarampo, com o objetivo de dar continuidade ao processo de recertificação do Brasil como livre da circulação da doença. No entanto, a cobertura vacinal ainda é um desafio, com apenas 67,9% do público-alvo recebendo as duas doses da vacina tríplice viral no ano passado.
Segundo o diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti, é fundamental alcançar coberturas vacinais de 95% para manter o país livre do sarampo. O PNI disponibiliza a vacina de forma gratuita na rede pública para crianças a partir do primeiro ano de vida, assim como para pessoas mais velhas que não foram vacinadas. O Brasil segue em busca da recertificação e da manutenção da eliminação do sarampo em seu território.