Durante uma conversa com a imprensa sobre a programação do G20 para a próxima semana, Lyrio destacou a expectativa de que várias ministérios aprovem documentos de consenso. Ele ressaltou que nas últimas duas presidências do G20 não foi possível chegar a um acordo devido às controvérsias sobre questões geopolíticas, mas agora, após negociações, espera-se que esse impasse seja superado.
Para destravar a produção desses documentos, foi estabelecido um acordo entre os membros para que as declarações consensuadas não abordem questões geopolíticas. Em contrapartida, cada grupo de ministros emitirá um comunicado separado que discutirá o tema da geopolítica, com um texto acordado entre todos os países, a fim de facilitar a aprovação das declarações ministeriais.
Estão previstas quatro agendas para a próxima semana, com destaque para a reunião dos ministros do Desenvolvimento, que discutirão temas como acesso à água e saneamento, e a redução de desigualdades. Além disso, a força-tarefa de combate à fome e à pobreza terá uma reunião com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
As reuniões dos ministros de finanças e presidentes dos Bancos Centrais também estão agendadas, com a expectativa de que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defenda a taxação dos super-ricos e discuta a questão da emergência climática. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, presidirá os encontros do GT de Emprego em Fortaleza.
Lyrio também enfatizou um avanço importante da presidência brasileira no G20, que foi a aprovação de uma reunião em setembro na sede da ONU para discutir a necessidade de uma reforma da governança global. Ele ressaltou a importância desse debate em um cenário de crescentes conflitos pelo mundo e destacou a urgência de avançar nessa questão.
Com uma agenda intensa e repleta de discussões importantes, a presidência brasileira do G20 busca superar as divergências passadas e promover um ambiente de diálogo e cooperação entre os países membros do fórum econômico. A expectativa é que, com os esforços conjuntos, seja possível aprovar declarações ministeriais e avançar nas discussões sobre questões fundamentais para o desenvolvimento global.