Essa estratégia surge como uma resposta direta ao governo dos Estados Unidos, liderado pelo ex-presidente Donald Trump, que, em uma carta endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, justificou a tarifa alegando que as relações comerciais entre os dois países eram “muito injustas”. A medida, prevista para entrar em vigor em agosto, afetará diretamente setores como suco de laranja, café e carne bovina, levando a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) a expressar preocupação, afirmando que a nova tarifa poderá inviabilizar a exportação desses produtos para o mercado americano.
O ministro Fávaro destacou a importância de diversificar os mercados para compensar a perda no comércio com os EUA. Ele enfatizou que o Brasil tem realizado um esforço contínuo para ampliar suas ações diplomáticas, visando reduzir barreiras comerciais e criar oportunidades de crescimento para seu agronegócio. Os novos rumos visam não apenas manter a competitividade dos produtos brasileiros, mas também estabelecer relações comerciais mais equilibradas com outras nações.
Embora a balança comercial entre Brasil e Estados Unidos tenha sido favorável ao país norte-americano nos últimos 16 anos, a justificativa de Trump para a imposição da tarifa foi a existência de tarifas e barreiras tarifárias que, segundo ele, configuram um tratamento injusto ao comércio bilateral. A política de trade americana sob sua administração tem sido notoriamente protecionista, e o Brasil se vê agora diante do desafio de buscar novos mercados para seus produtos em um contexto global cada vez mais dinâmico e competitivo.