A assinatura do contrato ocorreu em meio ao evento INDEX 2025, refletindo um esforço conjunto entre militarizações e inovações tecnológicas. O MAX 1.2 AC, que agora terá produção nacional, representa um avanço em relação a armamentos tradicionais, como os populares canhões sem recuo, conhecidos como bazucas, que possuem um alcance e precisão limitados. Especialistas ressaltam que, enquanto as bazucas se restringem a cerca de 600 metros de alcance com precisão reduzida, o novo míssil proporciona uma capacidade de atingir alvos a distâncias muito maiores e com precisão superior.
Um dos aspectos mais relevantes dessa nova aquisição é o custo-benefício. De acordo com especialistas, veículos 4×4 equipados com mísseis antitanque apresentam uma solução mais econômica em relação a blindados sofisticados, como o Leopard 2, ao mesmo tempo que oferecem um poder ofensivo comparável. Além disso, esses veículos são considerados mais fáceis de operar e podem ser transportados por via aérea de maneira simplificada.
Vale destacar que o projeto para o desenvolvimento do MAX 1.2 AC enfrenta desafios inerentes ao contexto industrial brasileiro. A produção deste tipo de armamento pode ajudar a internalizar tecnologias, reduzindo a dependência de importações que hoje compromete a autonomia do Brasil em armamentos cruciais, como os sistemas Astros e o KC-390. No entanto, ainda existe uma lacuna significativa em termos de tecnologia avançada, gerando a necessidade de importar componentes essenciais para que a indústria local possa progredir.
Ao fomentar a produção interna de armamentos, o Brasil não apenas fortalece suas forças armadas, mas também desenvolve a base industrial nacional, motivando a criação de empregos e o aquecimento da economia local. O protagonismo nacional no setor de defesa torna-se ainda mais relevante em tempos de conflitos internacionais, onde a dependência de fornecedores tradicionais pode representar um risco. Assim, fortalecer a indústria bélica local se transforma numa estratégia não só de proteção, mas de soberania. A expectativa é que, além de suprir as necessidades internas, o Brasil se torne um potencial exportador de tecnologia militar nos próximos anos, refletindo um avanço não só militar, mas também econômico.