Brasil Avança com Nuvem Soberana para Garantir Soberania de Dados e Fortalecer Cibersegurança, Afirma Secretário de Inovação e Gestão Pública.

O governo federal brasileiro anunciou a criação da Nuvem de Governo, uma iniciativa que busca garantir mais proteção e governança para os dados coletados e geridos pelo poder público. Essa estratégia faz parte da ampla Estratégia Nacional de Cibersegurança, que visa aprimorar a segurança cibernética no país e proteger informações sensíveis, assegurando que permaneçam sob controle nacional.

O projeto é fruto de uma colaboração entre o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev). A ministra responsável, Esther Dweck, ressaltou que a nova infraestrutura fortalece a defesa contra ciberataques e garante que dados críticos estejam resguardados dentro do território nacional.

Em uma conversa com a imprensa, Rogério Mascarenhas, secretário de Governo Digital do Ministério, abordou a relevância deste projeto, especialmente em um cenário onde a plataforma Gov.BR, que conecta cidadãos a serviços como Meu INSS e Carteira de Trabalho Digital, está em rápida expansão. Hoje, são cerca de 170 milhões de brasileiros registrados nessa plataforma, um número considerável em relação à população do país.

Mascarenhas destacou que a preocupação com a soberania dos dados aumentou desde a assunção do novo governo em 2023. Durante a administração anterior, tanto o Serpro quanto a Dataprev foram incluídos em um plano de desestatização, que permitia que seus dados fossem armazenados em nuvens públicas no exterior. Essa situação levou à decisão de retirar essas empresas do plano e à formulação da Nuvem de Governo, que promete garantir o que o secretário definiu como “dois níveis de soberania”.

Segundo ele, a primeira é a soberania dos dados, que assegura que as informações estejam armazenadas e geridas no Brasil. A segunda é a soberania operacional, garantindo que, em casos de eventual falha, a operação continue sem interrupções. Mascarenhas observou que essa preocupação não é exclusiva do Brasil; trata-se de uma tendência global, onde muitos países buscam repatriar dados por questões de segurança nacional.

Além da Nuvem de Governo, o governo também está focado em um plano de inteligência artificial voltado para o uso ético dessa tecnologia, com a previsão de treinar mais de 20 mil servidores. O intuito é não apenas capacitar os servidores em IA, mas também criar diretrizes que previnam a criação de informações falsas por sistemas automatizados.

O governo brasileiro, com essas ações, não apenas busca se tornar um protagonista na proteção de dados, mas também entende que a soberania digital é um aspecto fundamental para garantir a segurança e a privacidade dos cidadãos em um mundo cada vez mais digitalizado.

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