Brasil Aumenta Número de Parlamentares, Mas Fica em 20º Lugar Mundial em Representação

O recente aumento no número de deputados federais no Brasil, que passou de 513 para 531, foi aprovado pelo Congresso Nacional e agora aguarda a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Esta medida, debatida intensamente, reflete a dinâmica política do país e suas implicações orçamentárias.

A estrutura do Congresso Nacional brasileiro, que atualmente conta com um total de 594 assentos entre Câmara e Senado, resulta em uma média de um parlamentar para cada 353 mil cidadãos. Apesar de sua grandeza, essa proporção coloca o Brasil como o 20º país com o maior número de representantes parlamentares do mundo, enquanto o custo de manutenção desse sistema é alarmante — cerca de R$ 15 bilhões anualmente.

Comparando com outros países, podemos observar que o sistema brasileiro é bastante dispendioso, especialmente em relação ao número de parlamentares por cidadão. Na Índia, que abriga a maior população do mundo, com mais de 1,4 bilhão de habitantes, há 788 representantes entre as duas câmaras do parlamento. Cada deputado representa uma média de 1,8 milhão de pessoas. O custo da manutenção do parlamento indiano é de aproximadamente R$ 850 milhões.

Outro exemplo interessante é o Egito, que possui 896 políticos divididos entre a Câmara dos Representantes e o Senado. Cada parlamentar defende os interesses de aproximadamente 112 mil cidadãos, com um orçamento de R$ 225 milhões destinado ao Congresso.

Na Europa, a França se destaca com 925 parlamentares, tornando-se a terceira maior força legislativa do mundo. Cada representante francês cuida dos interesses de cerca de 70 mil pessoas, com um custo anual de R$ 6 bilhões para o funcionamento do Congresso. O Reino Unido segue na lista, com 1.482 representantes que lidam com 43 mil cidadãos, a um custo de mais de R$ 4 bilhões por ano.

Por fim, a China lidera com um total de 2.980 membros no Congresso Nacional do Povo, abrangendo uma média de um político para 478 mil cidadãos. Os custos para manter essa estrutura giram em torno de R$ 421 milhões.

A relação entre quantidade de representantes e população, bem como os custos associados a cada um dos sistemas, levanta questionamentos sobre a eficiência e a necessidade de ajustes nas estruturas parlamentares em diferentes países. No Brasil, o aumento no número de deputados ressalta um debate essencial sobre a representatividade e o uso dos recursos públicos, temas que continuarão a ser analisados nos próximos meses.

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