O destaque dos dados é a saída de 8,7 milhões de brasileiros da linha da pobreza em apenas um ano. Isso representa uma queda no contingente de pessoas com renda per capita abaixo de R$ 665 por mês, que passou de 67,7 milhões para 59 milhões, o menor número dos últimos dez anos. Em termos proporcionais, a população nessa condição passou de 31,6% para 27,4%.
Além disso, os números da extrema pobreza também apresentaram uma redução significativa. O número de pessoas vivendo com renda domiciliar per capita abaixo de R$ 209 por mês diminuiu para 9,5 milhões, representando uma queda percentual de 5,9% para 4,4% – o menor índice desde 2012.
Esses resultados positivos são atribuídos, em grande parte, ao Programa Bolsa Família, que se mostrou fundamental para a proteção social das famílias mais vulneráveis. Segundo os dados da SIS, sem esses programas, a proporção de pessoas em condição de pobreza extrema seria de 11,2%, e a taxa de pobreza total aumentaria para 32,4%.
O novo modelo do Bolsa Família, implementado em março de 2023, garantiu benefícios adicionais aos beneficiários, como uma cesta de benefícios personalizada de acordo com a composição familiar. Crianças de 0 a 6 anos recebem R$ 150 extras, enquanto jovens de 7 a 18 anos incompletos e gestantes/nutrizes recebem R$ 50 adicionais. Além disso, há um repasse de R$ 142 por pessoa no domicílio.
Em relação ao mercado de trabalho, o Brasil atingiu a marca de mais de 2 milhões de novos empregos formais nos primeiros dez meses de 2024. Aproximadamente 70% dessas vagas foram preenchidas por pessoas inscritas no Cadastro Único do Governo Federal, que são as de menor renda no país e público-alvo do programa Acredita no Primeiro Passo.
Desde janeiro de 2023 até outubro de 2024, o saldo de novos empregos formais ultrapassa 3,5 milhões, levando o Brasil a alcançar o maior estoque de empregos formais da história, totalizando 47,63 milhões de trabalhadores com carteira assinada, de acordo com os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Portanto, os avanços nos índices de pobreza, extrema pobreza e emprego mostram um cenário positivo para a economia e a inclusão social no Brasil, refletindo a eficácia das políticas públicas implementadas nos últimos anos.