O crescimento da arrecadação em 2024 pode ser atribuído a vários fatores que impulsionaram a economia. A expectativa de um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,5% ao longo do ano também contribuiu para esse resultado, indicando um ambiente econômico consideravelmente mais aquecido. Entre os principais responsáveis pela recuperação na arrecadação, destaca-se a reinstituição da tributação sobre combustíveis, que foi reintroduzida logo no início do ano. Essa medida, juntamente com o aumento do Imposto de Renda sobre a tributação de fundos e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), desempenhou um papel crucial.
Os setores econômicos que se destacaram na arrecadação incluem o comércio atacadista, que arrecadou R$ 171,2 bilhões, seguido por entidades financeiras, que contribuíram com R$ 288,6 bilhões. Ademais, a área de combustíveis arrecadou R$ 105,3 bilhões, as atividades auxiliares do setor financeiro somaram R$ 86 bilhões, e a produção de automóveis gerou R$ 63,9 bilhões.
Outra informação relevante é que o recolhimento do Cofins/PIS-Pasep atingiu a cifra de R$ 541,7 bilhões, registrando um crescimento de quase 19% em comparação ao ano anterior. As contribuições previdenciárias também apresentaram um crescimento de 5,34%, totalizando R$ 685 bilhões.
O secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, atribuiu grande parte do aumento da arrecadação à reativação de setores da economia e à baixa histórica da taxa de desemprego, que, segundo ele, resultou em um aumento significativo da massa salarial no país. Essa combinação de fatores não apenas demonstra a resiliência da economia brasileira, mas também sinaliza um potencial para continuidade do crescimento nos próximos anos. A dinâmica de arrecadação de 2024 certamente moldará as estratégias fiscais e de investimento do governo nos anos seguintes.