O governo brasileiro tem como uma de suas prioridades a conclusão do acordo comercial com a União Europeia, um processo que se arrasta por mais de duas décadas. A expectativa é que, sob a nova liderança, Lula intensifique os esforços para selar esse pacto, que é visto como uma oportunidade fundamental para expandir os mercados e reduzir barreiras comerciais. Um dos focos da conversa será a inclusão dos setores automotivos e açucareiros nas tratativas do bloco, fundamentais para a economia do Brasil.
Nos últimos tempos, Lula tem se movimentado diplomaticamente para dar um impulso às negociações. Uma reunião significativa ocorreu recentemente entre o presidente brasileiro e Emmanuel Macron, o líder francês, no intuito de facilitar o diálogo e encontrar caminhos viáveis que atendam tanto aos interesses econômicos do Brasil quanto às exigências europeias, especialmente no que tange a questões ambientais.
Outro aspecto importante da viagem de Lula é seu encontro com o recém-empossado presidente argentino, Javier Milei. Durante a campanha eleitoral, Milei fez críticas contundentes e diretas ao presidente brasileiro, o que gera um clima de tensão entre os dois líderes. No entanto, há uma expectativa de que, apesar das desavenças, o encontro ocorra em um tom institucional, visando estabelecer um diálogo construtivo e enfatizando a importância da integração regional e das metas econômicas do Mercosul.
Ao assumir a presidência do bloco, o Brasil não apenas reforça sua posição estratégica na América do Sul, mas também busca estreitar laços com importantes parceiros comerciais, indicando um compromisso renovado com a cooperação internacional. Essa fase marca um novo capítulo nas relações entre os países do Mercosul e seus aliados, refletindo as dinâmicas políticas e econômicas que moldam a região.