Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, destacou a relevância da nova iniciativa, ressaltando que se trata de um plano que reflete a identidade do Brasil. Segundo ela, o Brasil agora possui um roteiro que permitirá a colaboração entre o governo federal, estados, municípios, setor privado, sociedade civil e academia, visando um desenvolvimento sustentável, inclusivo e resiliente. Acredita-se que essa abordagem não só tornará o Brasil mais competitivo na nova economia global, mas também criará oportunidades para diferentes setores da população.
O Plano Clima, elaborado em colaboração com 25 ministérios sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente, estabelece metas de redução de emissões para oito setores principais: agricultura e pecuária, uso da terra em áreas públicas e coletivas, uso da terra em zonas privadas, energia, indústria, transportes, áreas urbanas e gestão de resíduos. O objetivo é reduzir as emissões de gases de efeito estufa de 2,04 bilhões de toneladas de CO2 equivalente, em 2022, para 1,2 bilhão de toneladas até 2030, e para uma faixa entre 850 milhões e 1,05 bilhão de toneladas até 2035.
Dividido em dois eixos principais — mitigação e adaptação — e apoiado por estratégias transversais, o Plano Clima começou a ser elaborado em setembro de 2023. Esse processo envolveu mais de dois anos de articulações intersetoriais, com a participação de mais de 24 mil pessoas em diversas oficinas e reuniões técnicas. O resultado dessa ampla consulta foi a coleta de 1.292 propostas que compõem as Estratégias Nacionais de Adaptação e Mitigação.
Em síntese, o Plano Clima aspira orientar e promover um conjunto de ações coordenadas que visem a transição do Brasil para uma economia com emissões líquidas nulas de gases de efeito estufa até 2050. Com a implementação do plano, espera-se que o país se posicione como um exemplo de resiliência e sustentabilidade, mobilizando governos, sociedade e cientistas frente à emergência climática que enfrentamos globalmente.
