O plano tem como objetivo oferecer suporte focado aos setores mais prejudicados por essa alta tarifária. Alckmin destacou que será criada uma “régua” para aferir a variação das exportações dentro de cada setor, permitindo uma assistência mais efetiva e direcionada. Segundo ele, é fundamental categorizar as indústrias com base no nível de dependência do mercado americano, uma vez que alguns setores têm uma parcela significativa de sua produção voltada para o exterior, enquanto outros são mais voltados ao consumo interno.
Por exemplo, o setor pesqueiro será analisado de acordo com a exposição ao mercado dos Estados Unidos. Alckmin menciona que, dentro do próprio setor, há diferenças substanciais: a tilápia, predominantemente consumida no Brasil, contrasta com o atum, cuja maior parte da produção é destinada à exportação.
Além disso, o vice-presidente se reuniu recentemente com o encarregado de negócios da embaixada dos EUA, Gabriel Escobar, embora não tenha entrado em detalhes sobre a conversa. O ministro classificou o encontro como “muito bom” e mencionou que Escobar esteve em reuniões com outros representantes do governo brasileiro, mostrando o interesse em aprofundar as relações bilaterais.
Alckmin também se debruçou sobre as preocupações do setor de calçados, que deve enfrentar dificuldades em função do tarifaço, especialmente a indústria de couro, que possui uma elevada taxa de exportação. Ele enfatizou a relevância desse setor para a economia e o uso intensivo de mão de obra, ressaltando que o impacto das tarifas pode comprometer a cadeia produtiva.
Com esse panorama, o governo brasileiro se prepara para adotar medidas que visem proteger sua indústria frente a um cenário internacional desafiador, buscando minimizar as perdas e preservar empregos em setores estratégicos da economia.