Castro, por sua vez, exigiu um aumento na colaboração entre as forças estaduais e federais, ressaltando que já havia solicitado a presença de blindados em três ocasiões, mas sem sucesso. Em relação à operação policial mais recente, o governador informou que não solicitou assistência federal, mas garantiu que não está interessado em transformar o incidente em um embate político.
Em um esclarecimento anterior, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, revelou que Castro havia estado recentemente em Brasília para pedir a transferência de líderes de facções criminosas para presídios federais, um pedido que foi aceito. Ele também destacou que, no momento, a responsabilidade pela segurança pública recai inteiramente sobre os governadores, embora a PEC da Segurança Pública, que está em tramitação no Congresso, possa mudar essa dinâmica. De acordo com Lewandowski, a iniciativa visa promover uma melhor integração das forças estaduais, federais e municipais, através de inteligência compartilhada e ações previamente planejadas.
Sobre a operação policial realizada no Rio, que tinha como objetivo combater o Comando Vermelho, o ministro lamentou a violência dos confrontos, que resultaram em mortes, incluindo de civis inocentes. Além disso, Lewandowski detalhou que a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) — que permite a atuação provisória das Forças Armadas em segurança pública — requer que o governo estadual decida oficialmente que houve uma falência nas estruturas locais de segurança.
“A GLO é uma operação complexa, estabelecida na Constituição Federal, com critérios rigorosos para sua implementação. Um dos principais requisitos é o reconhecimento, por parte dos governadores, de que não há mais condições de os órgãos de segurança estaduais atuarem de forma eficaz”, concluiu Lewandowski.
