Boulos rebate críticas de Castro sobre blindados e defende PEC da Segurança em meio a polêmica sobre atuação federal nas operações no Rio de Janeiro.

O novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, se manifestou nas redes sociais diante das críticas feitas pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, sobre a negativa do governo federal em fornecer blindados das Forças Armadas para operações policiais no estado. Boulos enfatizou que Castro, que acusa o governo de omissão, foi contrário à proposta de emenda constitucional (PEC) que buscava ampliar o papel da União no combate ao crime organizado. “Ele está mais preocupado em fazer politicagem e pirotecnia com sangue. Lamentável!”, declarou Boulos em uma postagem na plataforma X.

Castro, por sua vez, exigiu um aumento na colaboração entre as forças estaduais e federais, ressaltando que já havia solicitado a presença de blindados em três ocasiões, mas sem sucesso. Em relação à operação policial mais recente, o governador informou que não solicitou assistência federal, mas garantiu que não está interessado em transformar o incidente em um embate político.

Em um esclarecimento anterior, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, revelou que Castro havia estado recentemente em Brasília para pedir a transferência de líderes de facções criminosas para presídios federais, um pedido que foi aceito. Ele também destacou que, no momento, a responsabilidade pela segurança pública recai inteiramente sobre os governadores, embora a PEC da Segurança Pública, que está em tramitação no Congresso, possa mudar essa dinâmica. De acordo com Lewandowski, a iniciativa visa promover uma melhor integração das forças estaduais, federais e municipais, através de inteligência compartilhada e ações previamente planejadas.

Sobre a operação policial realizada no Rio, que tinha como objetivo combater o Comando Vermelho, o ministro lamentou a violência dos confrontos, que resultaram em mortes, incluindo de civis inocentes. Além disso, Lewandowski detalhou que a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) — que permite a atuação provisória das Forças Armadas em segurança pública — requer que o governo estadual decida oficialmente que houve uma falência nas estruturas locais de segurança.

“A GLO é uma operação complexa, estabelecida na Constituição Federal, com critérios rigorosos para sua implementação. Um dos principais requisitos é o reconhecimento, por parte dos governadores, de que não há mais condições de os órgãos de segurança estaduais atuarem de forma eficaz”, concluiu Lewandowski.

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