Boulos não deixou os ataques sem resposta. Em uma declaração contundente, ele afirmou que Nunes “volta a me atacar pessoalmente com mentiras e fake news” na tentativa de agradar seu padrinho político, o ex-presidente Jair Bolsonaro. O candidato do PSOL classificou a atitude de Nunes como “desequilíbrio incompatível com o cargo de prefeito da maior cidade do País.”
A reação de Boulos ocorre em meio a uma escalada de tensões entre os dois candidatos, com Nunes subindo o tom contra o político apoiado por Lula. Durante seu discurso, Nunes disse: “Quero agradecer a cada um dos senhores por dar esse voto de confiança para que a gente possa dar continuidade ao trabalho e vencer esse invasor, esse vagabundo, desse sem-vergonha.” Embora não tenha citado Boulos nominalmente, a referência era clara.
Apesar dos ataques, Boulos assegurou que sua campanha seguirá com o foco em “denunciar as suspeitas de corrupção que envolvem a gestão Nunes”, argumentando que a capital paulista “não pode ficar refém do bolsonarismo.” Ele enfatizou a importância de manter uma política limpa e transparente na gestão da cidade.
O evento do PL, realizado na Câmara Municipal, foi marcado por ausências notáveis. Nem o ex-presidente Jair Bolsonaro, principal defensor de Nunes, nem o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, compareceram. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do Republicanos e também apoiador de Nunes, esteve ausente. Essas ausências levantam questões sobre a unidade dentro do partido e o apoio total à candidatura de Nunes.
Ainda há um passo crucial pela frente para a chapa de Ricardo Nunes: a aprovação oficial da indicação de Mello Araújo pelo MDB, cuja convenção está prevista para o dia 3 de agosto. Este será um momento decisivo no caminho para as eleições, definindo formalmente a composição da chapa que buscará manter a administração da maior cidade do Brasil sob controle do MDB.
O cenário político em São Paulo promete ser marcado por confrontos acalorados e uma disputa intensa, com Boulos e Nunes já deixando claras suas estratégias de ataque e defesa. A população paulistana acompanha de perto, ciente da importância de escolher seu próximo líder em meio a um contexto tão polêmico e disputado.