O programa “Primeiro Escritório” envolve a adaptação de prédios centrais que, devido às suas características arquitetônicas, não seriam apropriados para habitação. A coordenadora do plano de governo, economista Camila de Caso, explicou que esses edifícios serão transformados em espaços de escritório por meio do processo de retrofit, destinando 30% desses espaços a profissionais recém-formados ou com até dois anos de conclusão do curso. “Essa iniciativa visa não apenas a dinamização econômica, mas também a promoção de atividades geradoras de renda e um choque de zeladoria na região central”, afirmou Camila.
Em julho, Boulos já havia antecipado alguns pontos cruciais de seu plano de governo. Entre as promessas, está a de eliminar as filas de exames na capital paulista e criar um programa municipal inspirado no “Mais Médicos”, porém focado em especialidades médicas. Ele também falou sobre dobrar o efetivo da Guarda Civil Metropolitana e estabelecer centros de capacitação profissional para jovens de bairros periféricos. Na área educacional, propôs a criação de escolas de tempo integral. Em termos de políticas ambientais, Boulos pretende ampliar as áreas verdes da cidade e reduzir pela metade a frota de ônibus movidos a combustíveis fósseis.
Essas propostas são apenas uma parte das estratégias de Boulos para conquistar o eleitor paulistano. Segundo a última pesquisa Datafolha, divulgada em 5 de julho, o candidato possui 23% das intenções de voto, figurando em empate técnico com o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tem 24%. Outros candidatos mencionados na pesquisa incluem o apresentador José Luiz Datena, com 11% das intenções de voto; o empresário Pablo Marçal, com 10%; e a deputada Tabata Amaral, com 7%.
O evento de apresentação do programa de governo de Boulos promete ser um marco na sua campanha, ressaltando propostas inovadoras e ambiciosas, visando captar o apoio de uma ampla gama de eleitores paulistanos preocupados com a revitalização urbana, saúde, segurança, educação e meio ambiente. Com um cenário eleitoral competitivo, cada passo dos candidatos torna-se crucial na corrida para o comando da maior metrópole brasileira.