Boulos destacou que Manga, conhecido pelo seu estilo voltado para as redes sociais e apelidado de “prefeito tiktoker”, enfrentava sérias acusações de corrupção relacionadas ao uso inadequado de verbas destinadas à saúde. Segundo ele, o prefeito é um exemplo clássico do padrão de comportamento político que ele atribui ao atual conservadorismo brasileiro: “Fazer graça nas redes sociais, rotular todos como corruptos enquanto se envolve em práticas desonestas”, expressou o ministro.
Rodrigo Manga reagiu às autoridades que o afastaram, utilizando suas redes sociais para se defender. Ele alega estar sendo alvo de uma perseguição política, insinuando que seus adversários estão tentando silenciá-lo por sua crescente ameaça nas eleições. “Acredite se quiser, me afastaram do cargo de prefeito. O que escuto nos bastidores é que estão fazendo de tudo para eliminar quem pode representar uma concorrência real a eles”, explicou, enquanto estava em Brasília.
O afastamento de Manga traz à tona uma reflexão sobre o uso das redes sociais como ferramentas de popularidade e as consequências que isso pode acarretar na administração pública. Com mais de 7 milhões de seguidores no Instagram e TikTok, ele se estabeleceu como uma figura influente entre os jovens, mas também acumulou uma série de controvérsias. No mês de maio, por exemplo, já havia sido denunciado por improbidade administrativa, devido a supostas irregularidades em um contrato relacionado à compra de lousas digitais, avaliadas em mais de R$ 11 milhões. Este contexto levanta questões sobre os limites entre a aceitação da popularidade digital e a responsabilidade que ela acarreta aos gestores públicos, uma discussão cada vez mais relevante no cenário político brasileiro contemporâneo.









