Durante a entrevista, Boulos usou termos contundentes para descrever Nunes, chamando-o de “covarde” e “fantoche de Tarcísio”. O candidato do PSOL argumentou que a falta de compromisso do prefeito em questões críticas, como a recente crise de apagão que afetou 3,1 milhões de cidadãos na capital paulista, reflete uma gestão medíocre. Para Boulos, a ausência de Nunes no debate é mais uma evidência de sua incapacidade de enfrentar os problemas da cidade, reafirmando que o prefeito “fugiu de suas responsabilidades nos últimos três anos e meio”.
Boulos criticou ainda a atuação do prefeito e de Freitas na gestão do apagão, referindo-se a eles como os “pais” do problema, que tem como “mãe” a concessionária Enel. Ele apontou que a resposta insatisfatória da Enel à crise energizada demonstra os efeitos da privatização na qualidade dos serviços públicos.
É importante ressaltar que a pesquisa mais recente do Datafolha mostra Nunes liderando a corrida eleitoral com 51% das intenções de voto, enquanto Boulos aparece com 33%. Esses dados revelam uma ligeira queda para Nunes em comparação a pesquisas anteriores, além do aumento dos votos em branco, que passaram de 10% para 14%. O cenário aponta desafios para Boulos, que, apesar das fortes críticas e da situação de crise, ainda precisa conquistar um apoio mais amplo nas urnas para reverter a situação nas eleições que se aproximam.