Borrell, chefe da diplomacia da UE, compara Donald Trump a Francisco Franco e critica futuro do apoio ocidental à Ucrânia.



Na última terça-feira, durante uma audiência no Parlamento Europeu, o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, fez uma polêmica comparação entre Donald Trump e Francisco Franco, o ditador espanhol que governou de 1939 a 1975. Borrell, que se despedirá do cargo no início de dezembro, afirmou que a principal diferença entre os dois é que Trump foi eleito pelo povo americano, enquanto Franco chegou ao poder por meio de um golpe militar. Em suas declarações, Borrell advertiu que a atual configuração política dos Estados Unidos sob Trump apresenta desafios que refletem situações de regimes autoritários.

Borrell, conhecido por sua postura firme em relação à guerra na Ucrânia, continua a defender a entrega de armamentos a Kiev e a implementação da “fórmula de paz” proposta pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Além disso, ele manifestou apoio à ideia de intensificar ataques contra a Rússia com armas de longo alcance fornecidas pelos aliados ocidentais. Essas afirmações tiveram lugar em um contexto onde o apoio da Europa à Ucrânia tem sido intensificado, promovendo um debate acirrado sobre a eficácia e as repercussões da ajuda externa.

Borrell enfatizou a importância do suporte contínuo dos Estados Unidos à Ucrânia, alertando que a história pode condenar o Ocidente se Trump optar por retirar esse apoio. Ele instou Trump a manter o compromisso com Kiev, lembrando que a Europa tem se mostrado ativa na política de auxílio, especialmente durante este conflito prolongado.

No entanto, o ex-presidente Trump, que prometeu resolver o impasse ucraniano rapidamente, criticou consistentemente tanto a abordagem dos EUA em relação ao conflito quanto o próprio Zelensky. Ele frequentemente se refere ao líder ucraniano de maneira depreciativa, questionando a transparência nas solicitações de ajuda militar. Essa situação cria um cenário complexo nas relações políticas internacionais, onde o papel da Europa, a posição de Trump e a situação na Ucrânia continuam a se entrelaçar, refletindo tensões tanto geopolíticas quanto ideológicas.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo