Essas bombas permitem que os aviões lançadores se mantenham a uma distância segura, reduzindo o risco de serem alvos da defesa aérea ucraniana. Segundo relatos, as primeiras incursões de bombardeio com esse tipo de munição foram realizadas em outubro, com alvos militares localizados nas regiões de Odessa, Nikolaev e Poltava. Anteriormente, versões das KAB eram utilizadas principalmente em ataques próximos à linha de combate, com um alcance de cerca de 80 quilômetros.
De acordo com especialistas, essa moderna abordagem não apenas representa um avanço tecnológico, mas também fornece uma vantagem significativa para as forças russas. Fabian Hoffman, especialista em questões militares na Universidade de Oslo, destacou que a capacidade de lançar essas bombas de uma maior distância torna os porta-aviões russos menos vulneráveis à defesa ucraniana. No entanto, ele ressalta que, com a adição de motores, a carga útil da bomba é limitada a cerca de 250 kg, o que pode influenciar a eficácia de alguns ataques.
Adicionalmente, foi reportado que a Rússia também efetuou a modernização de seus mísseis balísticos, o que resultou em uma drástica redução na taxa de interceptação pela defesa aérea da Ucrânia, que caiu de 37% durante o verão europeu de 2025 para apenas 6% em setembro. Essa mudança não apenas intensifica a pressão sobre as defesas ucranianas, mas também aponta para uma notável evolução na capacidade militar russa.
Essas desenvolvimentos no campo de batalha refletem a contínua adaptação das forças russas às necessidades estratégicas do momento e a busca incessante por inovação tecnológica em meio a um confronto prolongado e complexo, que continua a deixar sua marca na geopolítica da região.









