Segundo relatórios publicados pelas Forças de Defesa de Israel, os bombardeios continuaram a acontecer após o ultimato. Embora não tenham detalhado a quantidade de alvos atingidos desde então, confirmaram que cidades no sul, onde a maioria dos deslocados internos se refugiou, foram bombardeadas. Ainda de acordo com os relatórios, os ataques aéreos do Exército israelense contra o Hamas em Gaza persistem, com “centenas” de ataques semanais.
As Forças Armadas de Israel alegam que os alvos são cuidadosamente escolhidos com base em informações de inteligência e visam ativos militares do Hamas. No entanto, autoridades do Hamas e observadores internacionais denunciam ataques sistemáticos à população civil. Dados oficiais do Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, indicam que 2.248 pessoas perderam a vida desde o ultimato, incluindo 500 mortos no ataque ao Hospital Árabe al-Ahli, atribuído ao grupo terrorista Jihad Islâmica.
Relatos de brasileiros presentes na região também apontam para a terrível situação vivida pela população civil. Em Rafah, próximo à fronteira com o Egito, ocorreram bombardeios violentos durante a noite, impedindo que as pessoas dormissem. A falta de proteção em Gaza e as constantes ameaças comprometem a segurança de todos.
A questão que fica é o porquê de Israel continuar atacando o sul de Gaza mesmo após ordenar a retirada da população civil. Segundo o major Nir Dinar, porta-voz militar israelense, Israel procurou evitar baixas civis, mas membros do Hamas continuam se escondendo entre a população, o que torna o sul relativamente mais seguro, mas não completamente seguro.
Diante da situação calamitosa enfrentada pela população em Gaza, as forças israelenses emitiram um novo apelo para que os habitantes do norte e da cidade de Gaza se desloquem para uma zona humanitária ao sul do Wadi Gaza. No entanto, não há informações sobre a adesão dos palestinos a essa medida.
Enquanto o mundo acompanha com apreensão a escalada da violência na região, a população civil de Gaza continua a sofrer as consequências devastadoras dos ataques aéreos israelenses. A esperança de uma solução pacífica para o conflito parece cada vez mais distante, enquanto aumentam os temores de uma catástrofe humanitária iminente.