Os advogados do ex-mandatário fundamentaram o pedido na alegação de que Cid teria mentido durante seu interrogatório realizado na semana anterior. Eles afirmam que essa suposta mentira viola as cláusulas do acordo firmado com a Polícia Federal (PF), o que justificaria sua anulação. Em uma reportagem divulgada pela imprensa, foi destacado que Cid poderia ter utilizado um perfil nas redes sociais para vazar informações sobre os detalhes da delação. A defesa de Bolsonaro apontou que essas ações contrariam o que foi previamente acordado e reitera a necessidade de revogar o pacto.
Em resposta, a defesa de Mauro Cid protocolou uma declaração no STF, rejeitando as alegações e chamando as acusações de “fake news”. A defesa do ex-presidente também comentou sobre a gravidade das novas informações que surgiram após os interrogatórios, sugerindo que as mentiras se acumulam e comprometem não apenas a credibilidade de Cid, mas também os depoimentos que ele prestou.
Ambos, Bolsonaro e Cid, são réus na investigação que tramita no STF, relacionada ao esquema de tentativa de subversão da ordem democrática. A Procuradoria Geral da República sustenta que havia um plano articulado para desestabilizar o resultado das eleições, que culminou com a derrota de Bolsonaro.
Esse movimento no âmbito jurídico não apenas acirra as tensões entre os envolvidos, mas também traz à tona questões sobre a integridade dos processos legais e a busca por verdade nas delações que, em muitos casos, se tornam instrumentos de defesa ou de ataque no complexo jogo político brasileiro. O desdobrar deste caso certamente atrairá atenções nos próximos meses, dado seu potencial impacto nas narrativas políticas que cercam a figura de Jair Bolsonaro.