Os testes incluíram avaliações clínicas, laboratoriais e cardiológicas, além de uma análise de risco cirúrgico. A equipe médica considerou Bolsonaro apto para a cirurgia. Esta é a oitava vez que o ex-presidente se submete a um procedimento cirúrgico, após ter sido alvo de um ataque a faca durante a campanha eleitoral de 2018, que resultou em diversas complicações de saúde ao longo dos anos.
A transferência do ex-presidente ao hospital veio após autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. É a primeira vez que Bolsonaro deixa a Superintendência da Polícia Federal, onde estava detido desde 22 de novembro. A movimentação foi realizada sob um esquema rigoroso de segurança, com a entrada ao hospital feita pela garagem da unidade a fim de minimizar o contato com o público.
Durante sua internação, Bolsonaro ficará em uma área isolada, sob vigilância permanente da Polícia Federal. O dispositivo se torna ainda mais rigoroso diante da proibição da entrada de celulares e outros eletrônicos no quarto. A ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, foi autorizada a estar ao lado dele durante todo o período de internação.
A cirurgia em questão visa corrigir uma hérnia inguinal bilateral, uma condição médica que foi Diagnosticsada por laudo e confirmada por perícia. Espera-se que o período de recuperação no hospital varie entre cinco a sete dias, dependendo da evolução clínica do paciente e dos cuidados pós-operatórios. A equipe médica manterá a vigilância sobre possíveis complicações, como trombose, e avaliará a necessidade de um bloqueio anestésico, conforme a resposta de Bolsonaro no pós-operatório.
Apesar de estar sob os cuidados médicos, o ex-presidente foi descrito como enfrentando um estado emocional delicado. O cardiologista responsável por seu acompanhamento, Brasil Ramos Caiado, relatou que Bolsonaro apresenta um quadro de depressão e episódios recorrentes de soluços, preocupações adicionais no contexto de sua recuperação cirúrgica.
