Bolsonaro nega contato com Valdemar Costa Neto e diz que declaração de governador foi um erro, afirma na manhã de sábado.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou categoricamente neste sábado, 18 de março, qualquer tipo de contato com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. A declaração veio como resposta às afirmações feitas pelo governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), que durante uma entrevista afirmou que Bolsonaro e Valdemar “conversam muito”. Essa declaração é especialmente relevante pois ambos estão sob investigação e proibidos de se comunicar por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para evitar qualquer tipo de obstrução às investigações em curso sobre a tentativa de golpe.

“Nós precisamos considerar que o governador Jorginho Mello falou de forma equivocada. Ele afirmou durante a entrevista que lamentava não poder falar com Valdemar e que eu tenho conversado muito com ele. Isso não é verdade, foi um lapsus momentâneo da parte dele. Pelo que eu sei, ele fez uma retificação no mesmo dia”, afirmou Bolsonaro.

As declarações foram feitas durante a manhã de sábado, enquanto Bolsonaro acompanhava sua esposa, Michelle Bolsonaro (PL), no Aeroporto de Brasília. Michelle faz parte da comitiva que irá acompanhar a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, marcada para a próxima segunda-feira em Washington.

Recentemente, o Governador de Santa Catarina havia declarado em uma entrevista à rádio Jovem Pan que Bolsonaro e Valdemar “conversam muito”. “Nosso presidente Valdemar mantém muitas conversas com o presidente Bolsonaro, que é o presidente de honra, não é? Espero que em breve possam sentar juntos na mesma sala para se ajudarem ainda mais”, disse Jorginho Mello.

Após a repercussão dessas declarações, o ministro Moraes, responsável pelo inquérito em questão, ordenou que a Polícia Federal tome o depoimento do governador em até 15 dias para investigar se Bolsonaro e Valdemar tiveram algum tipo de contato recente. O descumprimento da medida cautelar imposta em 2024, no âmbito da Operação Tempus Veritatis, que investiga uma suposta trama de golpe de Estado em 2022, pode acarretar sérias consequências para os envolvidos.

Sair da versão mobile