Segundo o relatório da PF, Bolsonaro estava diretamente envolvido na tentativa de concretização de um Golpe de Estado e da Abolição do Estado Democrático de Direito. No entanto, a ruptura democrática não foi consumada por circunstâncias alheias à sua vontade.
As investigações da PF apontam que 37 envolvidos cometeram três crimes: tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa. Estes crimes podem acarretar em penas de 12 a 28 anos de prisão. O relatório final foi entregue ao STF e posteriormente tornadas públicas pelo ministro Alexandre de Moraes.
Bolsonaro, por sua vez, negou qualquer conhecimento sobre planos para atentar contra a vida de autoridades, mas admitiu discutir a possibilidade de decretar estado de sítio após a derrota eleitoral em 2022. Ele argumentou que tal medida não configuraria golpe nem crime.
A PF descobriu que Bolsonaro, aliados e militares discutiram minutas de decreto golpistas com o intuito de anular o resultado das eleições presidenciais, sob a falsa alegação de fraudes nas urnas eletrônicas. Mesmo com a oposição de chefes militares, o ex-presidente persistiu nos planos golpistas.
Em meio a essas revelações, o relatório apontou a existência de diversos núcleos envolvidos nos atos golpistas, como Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral, Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas, entre outros.
Diante dos fatos apresentados, fica evidente a gravidade das ações de Bolsonaro e seus aliados, que desrespeitaram os pilares democráticos e ameaçaram a estabilidade política do país. As investigações continuam e cabe à Procuradoria-Geral da República analisar as provas e decidir os próximos passos em relação aos envolvidos.