A denúncia da PGR, que abrange 33 outras pessoas, alega que Bolsonaro foi o líder de uma organização criminosa que tentou impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, em um claro atentado contra a democracia. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, detalhou em um extenso documento de 272 páginas as supostas atuações de cada envolvido na trama golpista. As acusações contra Bolsonaro incluem crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, entre outros, com uma pena total sugerida de 34 anos de reclusão.
Em sua defesa, Bolsonaro descreveu a situação como um “golpe da Disney”, referindo-se à sua viagem a Orlando, que coincidia com os eventos que levaram às acusações da PGR. Ele insistiu que não existem evidências concretas que sustentem as acusações, desafiando a lógica de quem atribui a ele um papel de golpista.
Além disso, o advogado de Bolsonaro, Celso Vilardi, já manifestou a intenção de solicitar a nulidade da delação do ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, que foi essencial para a construção do caso pela PGR. Agora, a expectativa se volta para o Supremo Tribunal Federal (STF), que analisará se o processo deverá prosseguir ou não. O cenário continua a evoluir, refletindo a polarização política que permeia o Brasil.