Os receios são intensificados pela recente denúncia da Procuradoria-Geral da República, que poderá resultar em problemas legais sérios para o ex-presidente, incluindo a possibilidade de prisão. Essa situação é reminiscentemente comparada ao que ocorreu em 2018, quando Luiz Inácio Lula da Silva, então candidato, só aceitou se afastar da corrida eleitoral após ser barrado pela Justiça. A semelhança no comportamento dos dois líderes políticos é um alerta sobre a urgência de se encontrar uma candidatura alternativa.
Diante dessa perspectiva, figuras proeminentes já estão sendo mencionadas como possíveis substitutos para Bolsonaro. Entre eles, destacam-se Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ratinho Jr (PSD-PR), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e Romeu Zema (Novo-MG). Contudo, a postura de Bolsonaro tem sido de resistência à ideia de se apoiar em outro nome, acusando aliados que sugerem essa alternativa de traição. Essa situação gerou tensões internas, com Bolsonaro mantendo um discurso agressivo contra qualquer proposta que envolvesse abrir mão de sua candidatura.
Adicionalmente, Bolsonaro chegou a aventar a possibilidade de sua esposa, Michelle Bolsonaro, ser a candidata, oferecendo em troca a nomeação para o cargo de ministro da Casa Civil. No entanto, essa proposta não ganhou adesão entre seus aliados, que não a consideram viável. O ex-presidente e seus apoiadores estão, assim, presos em um impasse, entre a pressão popular e a expectativa de que as circunstâncias políticas possam eventualmente favorecer a sua volta ao cenário eleitoral.
O futuro da política brasileira se desenha incerto, especialmente se a situação de Bolsonaro não se normalizar. As estratégias para a eleição de 2026 precisam ser repensadas, e o tempo é um fator crucial nessa equação política que envolve a direita e o centrão, que buscam alternativas viáveis para garantir uma presença forte nas próximas eleições.