Bolsonaro grava vídeo com aposentados vítimas de esquema do INSS e usa o caso para atacar governo Lula na campanha do PL.

O ex-presidente Jair Bolsonaro tem utilizado as redes sociais e a propaganda partidária como plataformas estratégicas para se posicionar frente a um escândalo que envolve a previdência social e a aposentadoria de cidadãos brasileiros. Recentemente, ele gravou um vídeo no qual dialoga com um casal de aposentados que se tornaram vítimas de descontos ilegais em seus benefícios, uma questão que ganhou destaque no debate público.

O vídeo foi registrado no dia 13 de maio e está previsto para ser utilizado na campanha eleitoral do Partido Liberal (PL), a sigla de Bolsonaro. A estratégia de comunicação visa veicular essa mensagem por meio da televisão, rádio e redes sociais, amplificando o alcance do conteúdo e, consequentemente, sua repercussão.

Durante a conversa, o ex-presidente aborda o assunto afirmando que “aposentadoria é sagrada” e criticando aqueles que, segundo ele, não cuidam dos direitos dos aposentados. Para Bolsonaro, essa situação não é apenas um tema de política pública, mas uma questão moral, que procura associar a responsabilidade com o atual governo.

A articulação da campanha foi elaborada por Fábio Wajngarten, advogado e assessor de comunicação de Bolsonaro, em parceria com o marqueteiro Duda Lima, que já possui uma experiência considerável em campanhas eleitorais. Juntos, eles desenharam uma narrativa que busca não apenas informar, mas também criar um vínculo emocional com o eleitorado, especialmente com aqueles que estão diretamente afetados por questões relacionadas ao INSS.

Por outro lado, o Partido dos Trabalhadores (PT) tem tentado reverter essa narrativa, alegando que o escândalo dos descontos ilegais ocorreu sob a gestão de Bolsonaro e que foi durante o governo Lula que as investigações para responsabilizar os culpados foram efetivamente implementadas. Essa disputa retórica entre os dois lados reflete um cenário político altamente polarizado, onde cada partido busca explorar a vulnerabilidade do outro.

Dessa forma, o ex-presidente não apenas tenta se distanciar do escândalo, mas também se posiciona como uma figura que defende os interesses dos aposentados, enquanto ao mesmo tempo se vê sendo atacado por um adversário que busca capitalizar em cima do ocorrido. Essa situação ilustra a complexidade das dinâmicas eleitorais no Brasil e como cada parte utiliza os recursos disponíveis para moldar a percepção pública.

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