Bolsonaro escolhe Renan Calheiros como inimigo número um e solta seus cães de caça



Prestes a ser investigado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aberta no Senado, o presidente Jair Bolsonaro tem grande medo e está sendo assombrado pela possível abertura de processo de impeachment, ainda mais com a possibilidade de ver o senador Renan Calheiros (MDB-AL) como relator. Pensando na própria sobrevivência, Bolsonaro acionou sua ‘tropa de choque’, mais precisamente a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) para tentar impedir que Calheiros seja o relator da CPI e possivelmente o ‘coveiro’ do governo.

Zambelli conseguiu uma liminar, assinada pelo juiz Charles Renaud, da 2ª Vara Federal de Brasília suspendendo a possível indicação do senador alagoano como relator. Em resposta, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) já avisou que não vai acatar a liminar, alegando que a decisão é do Senado e que “não admite interferência de um juiz”. “Trata-se de questão interna corporis do Parlamento”, afirmou.

No escopo da decisão liminar que tenta tirar Calheiros da relatoria está o pavor do governo em ver seu presidente totalmente nu, sendo investigado por crimes contra a humanidade, já que Bolsonaro é acusado por vários setores sociais de ser um suposto genocida (Pessoa que ordena ou é responsável pelo extermínio de muitas pessoas em pouco tempo). Lembrando que a CPI da Covid, também conhecida como ‘CPI do Genocídio’, vai investigar ações e eventuais omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia.

A participação de Carla Zambelli como autora da denúncia contra Calheiros ascende o sinal amarelo de que o presidente Bolsonaro realmente está morrendo de medo de ser colocado para fora do cargo e ainda ter que responder por inúmeros crimes que podem ser apontados durante a investigação da CPI. Daí o medo de Renan Calheiros.

Quem é Carla Zambelli

Carla Zambelli e outros nove parlamentares bolsonaristas são investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito sobre manifestações antidemocráticas que pediam fechamento do Supremo, do Congresso e intervenção militar. A investigação também é conhecida como ‘inquérito das Fake News’ e aponta para a participação de empresários como financiadores de setores vinculados ao presidente Jair Bolsonaro, que teriam promovido as manifestações pelo fechamento do STF e instauração de uma ditadura militar no País.

A investigação busca identificar quem são os articuladores, financiadores e apoiadores do esquema montado para propagar ataques contra políticos e instituições.

Zambelli, apesar de ser investigada pela Polícia Federal, foi nomeada recentemente como presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados. A nomeação foi bastante criticada pela oposição. ‘É inaceitável que a deputada Carla Zambelli, investigada pelo STF no inquérito das Fake News, assuma tal função. O gabinete do ódio bolsonarista não pode ter mais um puxadinho no Congresso Nacional!’, disse a deputado Sâmia Bomfim (PSOL-SP).

Entre os tantos absurdos já ditos pela deputada Carla Zambelli, chamou a atenção do mundo sua afirmação de que ‘nunca a Amazônia queimou tão pouco’, onde a parlamentar ainda acusa ONGs de defesa do meio ambiente.

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