A programação para o dia de hoje é focada em exames que ajudarão a determinar a condição de saúde de Bolsonaro antes da cirurgia, agendada para a manhã seguinte, dia de Natal. O procedimento, que deve durar de três a quatro horas, representa a sétima cirurgia à qual o ex-presidente se submete desde 2018, resultado das sequelas de um atentado a faca durante sua campanha presidencial.
Neste processo pré-operatório, Bolsonaro será submetido a uma série de exames laboratoriais e clínicos, incluindo avaliações cardiológica e anestésica. Tais precauções visam minimizar os riscos associados à cirurgia e garantir que todas as condições necessárias para a intervenção estejam adequadas.
A cirurgia de correção da hérnia inguinal bilateral é considerada menos complexa em comparação à operação anterior, realizada em abril, que teve um caráter cirúrgico mais intenso e durou cerca de 12 horas. Com foco na correção dos pontos fracos na parede abdominal, a cirurgia visa reinstaurar a funcionalidade do intestino, além de prevenir novas protrusões.
Outro aspecto a ser avaliado pelos médicos é a possibilidade de realizar um bloqueio do nervo frênico, que pode ser necessário para mitigar crises de soluços persistentes que o ex-presidente tem apresentado recentemente. Este bloqueio tem como objetivo interromper estímulos neurológicos anormais que afetam a respiração.
Após a cirurgia, Jair Bolsonaro enfrentará um rigoroso processo de recuperação, com controle intensivo da dor, fisioterapia e medidas de prevenção de complicações, como a trombose venosa profunda. A expectativa é que ele permaneça internado entre cinco a sete dias, o tempo estimado para uma recuperação adequada.
A decisão de autorizar a internação foi analisada de forma criteriosa pelo ministro Moraes, que reconheceu que, embora a cirurgia seja efetivamente necessária, seu caráter é eletivo e não emergencial. Durante a internação, Bolsonaro terá o apoio da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, enquanto o acesso de outros familiares será determinado posteriormente por decisão judicial. A situação de saúde do ex-presidente é acompanhada de perto, mesmo em meio ao cumprimento de sua pena de 27 anos e três meses, conforme as determinações do STF.
