Bolsonaro deixa prisão em Brasília e é internado para cirurgia de hérnias inguinais na véspera de Natal, sob forte esquema de segurança.

Na manhã desta quarta-feira, 24 de dezembro, o ex-presidente Jair Bolsonaro deixou a Superintendência da Polícia Federal (PF), onde estava detido desde o dia 22 de novembro, para se submeter a uma cirurgia no Hospital DF Star, em Brasília. A saída ocorreu por volta das 9h29, com a chegada ao hospital registrada às 9h33. Essa foi a primeira vez que Bolsonaro abandonou o local de detenção desde a sua prisão.

Escudado por uma robusta escolta, composta por carros da Polícia Federal e batedores da Polícia Militar e da Polícia Penal, o ex-presidente adentrou o hospital pela garagem para evitar aglomerações e pressões midiáticas. A segurança durante sua estadia no hospital será rigorosa, com dois policiais federais designados para a vigilância constante na porta do quarto, além de seguranças adicionais na entrada da unidade de saúde.

Bolsonaro passará o dia de Natal sob observação médica, visando a reparação de duas hérnias inguinais, procedimento indicado pelos médicos após exames que confirmaram o agravamento da condição. Até o momento, não há previsão de alta, mas a expectativa é que ele retorne à prisão na Superintendência da PF assim que receber alta médica.

A autorização para a realização da cirurgia foi dada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que considerou o laudo dos peritos da PF que apontou a necessidade do procedimento cirúrgico. A decisão de Moraes é resultado de uma manifestação favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a urgência do tratamento. Na véspera da intervenção, a defesa de Bolsonaro indicou as datas para a realização da cirurgia, aguardando apenas a autorização judicial.

A situação de saúde do ex-presidente é monitorada de perto pelas autoridades, uma vez que ele apresenta uma hérnia inguinal bilateral, caracterizada pelo deslocamento de parte do intestino ou de tecido abdominal por um ponto fraco na parede abdominal. Este problema, segundo especialistas, pode acarretar dor e mal-estar, além de representar riscos se não tratado adequadamente.

Desde sua detenção, o ex-presidente cumpre uma pena de 27 anos e três meses, imposta por envolvimento em uma tentativa de golpe. A atenção à sua saúde, especialmente neste período próximo ao Natal, levanta questões sobre as condições de detenção e os direitos de um ex-mandatário em situação tão delicada.

Bolsonaro não possui um diagnóstico emergencial, mas foi alertado pelos médicos sobre a urgência em realizar a cirurgia para evitar complicações futuras. O tratamento se faz necessário, devido ao processo de deterioração da condição clínica do ex-presidente, que, segundo a perícia, pode ser agravada por fatores como pressão interna do abdômen e episódios de tosse crônica.

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