Na postagem, Bolsonaro enfatizou seu descontentamento com o que considera uma campanha orquestrada contra ele e seus aliados. “Isso não é justiça. É perseguição. É uma caça às bruxas contra mim e contra os milhões de brasileiros que eu represento. Um processo movido por vingança, não por verdade”, criticou o ex-presidente. Essa declaração mostra a postura recorrente de Bolsonaro frente a investigações e acusações que o envolvem; de acordo com ele, há uma intenção clara de desestabilizar seu legado político e afetar sua base de apoio.
Ainda em sua mensagem, Bolsonaro argumentou que o depoimento de Cid não apenas merece ser desconsiderado, mas também que a anulação do mesmo deveria resultar na liberdade imediata de Braga Netto e de outros presos. A menção a estas figuras é significativa, já que elas estão ligadas a um contexto de alianças e manobras políticas que marcaram o governo de Bolsonaro. O ex-presidente alega que a condenação e as prisões relacionadas ao caso são injustas, uma vez que, em sua visão, elas não se fundamentam em evidências sólidas, mas em narrativas direcionadas à sua deslegitimação.
A reportagem da Veja sugere que Mauro Cid pode ter falhado ao relatar conversas que poderiam comprometer ainda mais a figura de Bolsonaro em meio a um quadro de intensa polarização política no Brasil. A reação do ex-presidente reflete uma estratégia de reforço à sua imagem e à de seus apoiadores, enquanto as investigações em curso se desenrolam. A movimentação em torno dessa situação traz à tona discussões mais amplas sobre a justiça, as relações de poder e a luta política no cenário brasileiro contemporâneo.